ATA DA QUINQUAGÉSIMA PRIMEIRA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 04-6-2012.

 


Aos quatro dias do mês de junho do ano de dois mil e doze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Haroldo de Souza, José Freitas, Kevin Krieger, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Paulinho Rubem Berta, Pedro Ruas, Professor Garcia, Tarciso Flecha Negra e Valter Nagelstein. Constatada a existência de quórum, o senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Beto Moesch, Dr. Goulart, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Elói Guimarães, Fernanda Melchionna, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Márcio Bins Ely, Mario Manfro, Nelcir Tessaro, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Toni Proença. Após, foi apregoado o Memorando nº 046/12, de autoria do vereador Engenheiro Comassetto, solicitando autorização para representar externamente este Legislativo, do dia de hoje ao dia seis de junho do corrente, na 33ª Reunião do Conselho das Cidades, em Brasília – DF. Também, foi apregoado Memorando de autoria do vereador Waldir Canal (Processo nº 1394/12), solicitando autorização para representar externamente este Legislativo, do dia de hoje ao dia seis de junho do corrente, no V Congresso CONSAD de Gestão Pública, em Brasília – DF. Do EXPEDIENTE, constaram Ofícios do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde, emitidos no dia vinte e um de maio do corrente. Durante a Sessão, deixaram de ser votadas as Atas da Trigésima Sexta, Trigésima Sétima e Trigésima Oitava Sessões Ordinárias e da Oitava, Nona, Décima e Décima Primeira Sessões Solenes. A seguir, o senhor Presidente registrou o comparecimento, neste Legislativo, do frei Luiz Sebastião Turra, concedendo a palavra a Sua Senhoria, que divulgou eventos da Festa de Santo Antônio 2012, promovida pela Paróquia Santo Antônio do Partenon, e procedeu à benção especial aos presentes. Em continuidade, o senhor Presidente concedeu a palavra aos vereadores Professor Garcia, Márcio Bins Ely, João Carlos Nedel, Maria Celeste, Pedro Ruas, Nelcir Tessaro, Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Paulinho Rubem Berta e Sofia Cavedon, que se manifestaram acerca do tema tratado pelo frei Luiz Sebastião Turra. Às quatorze horas e quarenta minutos, os trabalhos foram suspensos, sendo retomados às quatorze horas e quarenta e um minutos. Em GRANDE EXPEDIENTE, pronunciaram-se os vereadores José Freitas e Kevin Krieger. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Airto Ferronato, Mauro Pinheiro, João Antonio Dib, Beto Moesch, Pedro Ruas, Carlos Todeschini, Luiz Braz, Paulinho Rubem Berta, Alceu Brasinha e Nelcir Tessaro. Às quinze horas e cinquenta e seis minutos, os trabalhos foram suspensos, sendo retomados às quinze horas e cinquenta e sete minutos. Às dezesseis horas e dois minutos, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi votado o Projeto de Lei do Legislativo nº 128/11 (Processo nº 2950/11), com Veto Total, o qual obteve um voto SIM e sete votos NÃO, tendo votado Sim a vereadora Fernanda Melchionna e votado Não os vereadores Elói Guimarães, João Carlos Nedel, José Freitas, Luiz Braz, Mario Manfro, Professor Garcia e Sebastião Melo, votação essa declarada nula pelo senhor Presidente, em face da inexistência de quórum deliberativo. Durante a Sessão, o vereador Adeli Sell manifestou-se acerca de assuntos diversos. Às dezesseis horas e cinco minutos, constatada a inexistência de quórum, o senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para a Sessão Ordinária da próxima quarta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos vereadores Haroldo de Souza, Carlos Todeschini, Bernardino Vendruscolo e Dr. Goulart e secretariados pelo vereador Carlos Todeschini. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelos senhores 1º Secretário e Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Hoje temos o comparecimento do Frei Luiz Sebastião Turra, que divulgará a Festa de Santo Antônio, da Paróquia de Santo Antônio, temporada de 2012.

O Frei Luiz Sebastião Turra está com a palavra.

 

O SR. LUIZ SEBASTIÃO TURRA: Sr. Haroldo de Souza, Presidente dos trabalhos; Sr. Professor, amigo e Vereador Garcia, proponente deste espaço; estimados Vereadores de todas as Bancadas, funcionários, paroquianos e paroquianas; amigos de Santo Antônio aqui presentes: paz e bem! Três pontos me levam a falar em nome da comunidade da Paróquia Centenária de Santo Antônio. Primeiro, sinto-me no dever de expressar, oficialmente, uma palavra de gratidão aos Vereadores e Vereadoras, pelo nobre e expressivo gesto realizado há um ano, por ocasião do centenário. Motivados pelo Professor Garcia, os prezados Vereadores e Vereadoras aprovaram e confirmaram o Troféu Municipal de Porto Alegre à Paróquia Santo Antônio do Partenon, entregue em Sessão Especial, de 10 de junho de 2011. Esse símbolo, o trófeu, marcou fortemente o conjunto das festividades. Hoje, encontra-se no memorial do centenário, junto à imagem de Santo Antônio, na Igreja Matriz. É um sinal vivo, que a história não esquecerá.

Segundo ponto, por estarmos vivendo o primeiro ano do segundo século, em assembleia, nós decidimos escolher como lema da nossa caminhada inicial: “Na Porta da Fé para um Novo Século”. O símbolo desse lema é a monumental porta da Igreja Santo Antônio, obra de arte em madeira, quase centenária, porta sempre aberta para acolher todos, para abençoar, para consolar, para celebrar batizados, casamentos, crismas, liturgias e reunir um povo sempre atento e sedento da palavra de Deus, a palavra certa para o momento certo da vida. A porta que se abre para acolher e ajudar no crescimento da fé não quer manter os fiéis fechados no templo, mas se abre para que todos possam ser animados e iluminados, carregados de valores, com liberdade responsável para a família, para o trabalho e para o mundo. O que mais Santo Antônio queria, e quer, é que as pessoas evangelizadas estejam no mundo como presença positiva, criativa, construtora de uma nova sociedade justa, solidária e fraterna.

De portas abertas, nós convidamos todos para o dia 12, Dia dos Namorados, Dia da Família; dia 13, grande dia, com missa festiva, de hora em hora, começando às 7h da manhã até às 20h. Procissões às 9h da manhã, e 15 horas; missa campal às 19 horas e, em seguida, procissão luminosa. Para esse evento do dia 13, todos estão convidados.

O terceiro ponto, por fim, procederemos à entrega do pão de Santo Antônio, este pão que vai ser agora abençoado, este pão que quer ser um vínculo de partilha, de amizade, e, ao mesmo tempo, com apelo a qualificar sempre mais a nossa solidariedade. Com a presença de representação da Ação Solidária a Santo Antônio e o Centro de Convivência Santa Clara, nós queremos rogar a Deus que nunca falte o pão na mesa das famílias, o pão da eucaristia na mesa das comunidades e o pão da palavra, da verdade no coração de todas as pessoas. Assim o queria Santo Antônio, e nós, por Santo Antônio, escolhemos e promovemos a vida. Convido todos para o momento da benção do pão, que é um sinal de carinho e gratidão a esta Casa – para os Vereadores, os funcionários –, para os devotos e amigos todos da Paróquia Santo Antônio.

 

(Procede-se à benção dos pães.)

 

O SR. LUIZ SEBASTIÃO TURRA: Muito obrigado, Ver. Haroldo de Souza, presidente dos trabalhos, obrigado por esta querida acolhida.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Agradecemos ao Frei Luiz Sebastião Turra, da Paróquia Santo Antônio. Por favor, venha fazer parte da Mesa.

O Ver. Professor Garcia está com a palavra.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Prezado Presidente Haroldo de Souza, prezado Frei Luiz Sebastião Turra, quero dizer da minha alegria porque, nesta Casa, é o 16º ano que nós, como Vereadores, estamos propondo a Festa de Santo Antônio. Queremos saudar o casal de coordenadores do Conselho Pastoral, Jomar e Jomara; o coordenador da Pastoral do Pão, Sr. Renato, mais Neiva e Ivone, que estão distribuindo os pães; o coordenador da Ação Solidária, Elimar, e Clélia; as coordenadoras do Centro de Convivência Santa Clara, Sra. Noeli e o grupo aqui presente, bem como o Elton Bozzetto, e o nosso amigo Mativi, que trabalha aqui na Casa, que faz parte da Segurança da Casa. Quero dizer, Frei, da nossa alegria... Eu, há 32 anos, tive a oportunidade de fazer um Encontro de Casais. Lá batizei e crismei meus filhos, casei minhas filhas. Quero dizer que a cada ano que passa a Paróquia cresce, em sabedoria, em amizade, em grupo. Na semana passada tive a oportunidade de participar brevemente do almoço. Quero dizer que o senhor está há pouco tempo na Paróquia, mas conseguiu, cada vez mais, agregar. O senhor reclamava que não tinha, no Bairro Santo Antônio, um Banco, e, agora ganhará uma agência da Caixa Econômica Federal.

Então, parabéns! Continue sempre com essa luta, e que Santo Antônio possa cada vez mais nos abençoar. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): O Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra.

 

O SR. MÁRCIO BINS ELY: Sr. Presidente; Frei Luiz Sebastião Turra; Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, falo aqui em nome do meu Partido, PDT, composto também pelos Vereadores João Bosco Vaz, Mauro Zacher, Dr. Thiago Duarte.

Quero saudar o senhor e toda família da Paróquia Santo Antônio. Também quero dizer que o Lar Santo Antônio, localizado no final da Av. Ipiranga, é uma entidade que cuida de crianças neurolesionadas, com lesões severas e profundas. Estamos fazendo um trabalho desde 2000, e também faremos ali, no dia 13, uma homenagem reverenciando os 50 anos.

Então, nossos cumprimentos, e desejamos que essa festa seja um sucesso! Vida longa ao senhor e a todos aqueles que, de uma forma ou de outra, têm colaborado para o enaltecimento desse dia. Parabéns! Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, Frei Turra, com muita alegria o recebemos nesta Casa.

Quero, em nome da Bancada do Partido Progressista, do nosso Líder, Ver. João Antonio Dib, do meu, do Ver. Kevin Krieger e do Ver. Beto Moesch, realmente lhe dar as boas-vindas e agradecer pela sua presença entre nós. Também quero agradecer o convite para participarmos da festa de Santo Antônio. Evento este que já foi transformado num evento de turismo religioso na nossa Capital. Temos que fortalecer o turismo aqui em Porto Alegre, mas nós temos um apelo religioso muito importante. Agora, na quinta-feira, teremos a procissão de Corpus Christi; temos a procissão de São João, a procissão de Nossa Senhora do Trabalho, a procissão do Motorista, a procissão da Nossa Padroeira, Nossa Senhora Mãe de Deus. E nosso evento maior, a procissão dos Navegantes. Então, nós estaremos lá, ao menos em um dia, para festejar o Santo Antônio, o nosso Santo querido. Muito obrigado pela sua presença, pela presença dos seus paroquianos aqui entre nós, sempre trabalhando pela causa do bem comum e para espalhar o amor de Cristo sobre a terra, cumprindo a sua missão evangelizadora. Meus parabéns; muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): A Ver.ª Maria Celeste está com a palavra.

 

A SRA. MARIA CELESTE: Sr. Presidente, Frei Luiz Turra, é uma alegria muito grande recebê-los aqui na Casa do Povo, queria cumprimentar todos os representantes da Paróquia Santo Antônio, especialmente os Coordenadores das Pastorais, que desenvolvem um trabalho para além das atividades religiosas nas festas de Santo Antônio, o que já se tornou uma referência na cidade de Porto Alegre. Falo disso por conta de toda a ação social que a paróquia desenvolve, nutrindo a alma das pessoas que ali chegam à espiritualidade, mas também lembrando o momento material de cada um e de cada uma que procura auxílio na Paróquia Santo Antônio. É tão importante e significativo o trabalho da Pastoral, onde dão alimento para a alma, mas também alimentam o corpo. Esse gesto da partilha do pão traduz exatamente esse trabalho da Paróquia. Parabéns pela festividade, parabéns pelo trabalho e parabéns a toda a coordenação e a todas as Pastorais que ali fazem um trabalho de louvor com toda a Cidade. Obrigado pela presença de vocês. E, mais uma vez, estaremos presentes, com certeza, nas homenagens a Santo Antônio.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): O Ver. Pedro Ruas está com a palavra.

 

O SR. PEDRO RUAS: Presidente Haroldo de Souza, meu caro Luiz Sebastião Turra, Frei, conhecido e reconhecido pelo trabalho religioso e social na nossa Cidade; falo em meu nome e em nome da Ver.ª Fernanda Melchionna, minha companheira de Bancada, para registrar o nosso imenso respeito pelo trabalho que o senhor desenvolve – e todos aqui o ajudam a desenvolver – na Paróquia Santo Antônio. Nós conhecemos esse trabalho, a sua extensão e os benefícios que traz à comunidade. Tenha a certeza de que nós, do PSOL, estaremos sempre de braços abertos, com a vontade permanente de auxiliar num trabalho que, nós sabemos, faz muita diferença na sociedade. Parabéns!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): O Ver. Nelcir Tessaro está com a palavra.

 

O SR. NELCIR TESSARO: Sr. Presidente, Ver. Haroldo de Souza; quero cumprimentar aqui o Frei Turra e dizer da nossa alegria de estarmos hoje às vésperas da grande festa de Santo Antônio. Também cumprimento a todos que participam desta festa, a Pastoral, e quero dizer que esta festa faz parte do Calendário de Porto Alegre. O trabalho que a Igreja Santo Antônio presta é para aquelas comunidades na parte da cesta básica, fazendo com que as pessoas se envolvam com aquelas comunidades para poderem participar. É muito importante essa integração naquela região da Cidade que cada vez mais cresce; prédios estão surgindo, e a nossa Igreja está ali. Quem sabe, Ver. Haroldo de Souza, a gente possa, no ano que vem, trabalhar junto com a Prefeitura de Porto Alegre para organizar a praça na frente da Igreja, que é um anseio de todos? Precisamos fazer com que aquela praça fique maravilhosa para receber todos ali na grande festa. Parabéns! (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Caro Presidente, Ver. Haroldo de Souza; a nossa saudação toda especial ao Frei Turra, aos paroquianos da nossa Paróquia Santo Antônio que estão conosco nesta tarde; quero dizer que é importante para nós, aqui na Câmara, iniciar a semana, uma segunda-feira, meditando sobre as questões religiosas, a religiosidade. É muito importante a presença do senhor e de todo o pessoal que está conosco para divulgar a festa de Santo Antônio em Porto Alegre. A festa, enquanto um evento que se transforma, cada vez mais, num evento da Cidade toda, para nós, enquanto Câmara, é muito relevante. A presença do senhor é muito importante; os seus antecessores sempre vieram aqui na Câmara divulgar esse evento. A Câmara de Vereadores é a Casa do Povo, fica sabendo com uma bela antecedência e, a parti daí, participa, inclusive na divulgação desse grande evento da Cidade. Por isso não poderia deixar de estar aqui para dizer da importância desse evento, da presença do senhor e dos outros participantes, trazendo um abraço e desejando pleno êxito à festa do nosso querido Santo Antônio. Um abraço. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Sr. Presidente, Frei Turra, é com muita alegria que eu venho aqui também desejar boas-vindas. E, mais ainda, representando o PTB – o Ver. Elói Guimarães, o Ver. Dr. Goulart e o Ver. DJ Cassiá –, eu quero dizer que eu gosto muito das missas e das carreatas, enfim, quando eu posso participar e tenho participado várias vezes, eu não sei quantas vezes participei das carreatas e, sempre que eu puder, eu quero participar. Quero agradecer porque, cada vez que eu o vejo, eu peço uma benção para o meu Grêmio; e sempre o senhor nos dá essa benção. Quero dizer que hoje é um motivo de alegria e felicidade, e volto a pedir ao senhor para dar uma benção para o meu Grêmio, para ser campeão brasileiro.

(Não revisado pelo orador.)

O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): O Ver. Paulinho Rubem Berta está com a palavra.

 

O SR. PAULINHO RUBEM BERTA: Frei Turra, em meu nome e em nome do PPS, Partido Popular Socialista, eu quero lhe dar os parabéns e a todos que, juntamente com o senhor, elaboram e organizam essa festa, proporcionando a nós, da comunidade religiosa, uma oportunidade de estarmos juntos, trocando experiências e fazendo com que cada vez mais essa festa se firme entre nós. Quero convidar, se o senhor me permitir, não só os que estão aqui, a participar dessa grandiosa festa que é uma homenagem do cidadão porto-alegrense e da comunidade. Parabenizamos todos que estão no auditório, contem com este Vereador, pois estamos à sua disposição e da comunidade religiosa. Parabéns pela festa!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Frei Luiz, nós queremos cumprimentar a Paróquia Santo Antônio, que tradicionalmente traz esta festa para esta Casa, o que o Professor Garcia acompanha mais amiúde. Mas especialmente em nome da oposição, cumprimentamos pelo belíssimo trabalho que a comunidade, que a sociedade civil faz junto à Igreja. É uma Igreja exemplar, em que o impacto social da ação comunitária, da ação coletiva é demonstrativo do que a fé é capaz, do que é a mudança e a transformação que faz a religião, acreditando na transformação do mundo, vista, de fato, como religare, na construção da justiça social, da solidariedade, que é o símbolo desse pão de Santo Antônio, da história de Santo Antônio. Então, grande força, longa vida para essa festa, que ela continue encharcando corações e mentes com esses valores tão positivos.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Com a participação de todas as Bancadas, nós encerramos este comparecimento, dizendo aos fiéis da Igreja de Santo Antônio do Partenon que a lembrança do Ver. Nelcir Tessaro será encampada por todos nós, os 36 Vereadores desta Casa, para que, finalmente, possamos fazer a praça que já está programada, tem aprovação, projeto aprovado; então, por que não fazer? (Palmas.) Muito obrigado ao Frei Luiz Sebastião Turra. Estão suspensos os trabalhos para as despedidas.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 14h40min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza – às 14h41min): Estão reabertos os trabalhos.

Passamos ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

O Ver. José Freitas está com a palavra em Grande Expediente.

 

O SR. JOSÉ FREITAS: Sr. Presidente, Ver. Haroldo de Souza; Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, público que nos assiste; quando eu estive como Conselheiro Tutelar por seis anos, uma coisa que nos marcou muito, Ver. Krieger, que foi Conselheiro Tutelar, Ver.ª Celeste, tu hás de concordar comigo, Vereadora, o que mais nos marca como Conselheiros Tutelares é, quando entramos num abrigo de crianças, e, na hora da saída, a criança se agarra na gente, no Conselheiro Tutelar e diz: “Me leva para casa!” Eu quero falar de um assunto que foi matéria de um jornal semana passada sobre a questão da adoção. De acordo com o Conselho Nacional de Justiça, apenas uma em cada sete crianças e adolescentes que vivem em abrigos podem ser adotadas. Enquanto aguardam os processos judiciais e as tentativas de aproximação das famílias, crianças e adolescentes vivem uma situação indefinida à espera de um lar. Das 28.006 crianças e adolescentes institucionalizadas, abrigadas, atualmente apenas 5.215 estão habilitadas para adoção. Isso representa menos de 15% do total.

Aprovada em 2009, a Lei Nacional da Adoção regula a situação das crianças que estão em uma das 2.046 instituições de acolhimento do País. A legislação destaca que o Estado deve esgotar todas as possibilidades de reintegração com a família natural antes de a criança ser encaminhada para adoção, o que é visto como último recurso. A busca pelas famílias, as tentativas de reinserir a criança no seu lar de origem pode levar anos. Isso a gente constata. Podemos privilegiar a família de origem, porque o primeiro direito que a criança tem é nascer e crescer na sua família natural. Todos nós temos o dever de procurar, a todo momento, essa permanência na família natural. Somente em último caso, quanto não houver mais solução, é que devemos promover a destituição do poder familiar.

 

O Sr. Carlos Todeschini: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. José Freitas, quero cumprimentá-lo pela manifestação; eu o ouvi atentamente, em função também de que aprovamos aqui, por unanimidade – inclusive, derrubamos o Veto – o Projeto Acolher. O senhor faz uma manifestação humanitária e realista sobre a dificuldade do conjunto de crianças que vivem nos abrigos à espera de uma família para a adoção. O Projeto Acolher, inclusive, será motivo de uma reunião, muito em breve, na nossa CEDECONDH, Ver.ª Maria Celeste, para que se possa efetivamente implantar, na prática, em Porto Alegre, a facilitação do acolhimento, a facilitação da adoção das crianças que vivem nos abrigos, muitas sem perspectiva. Muito obrigado. Cumprimento V. Exa., mais uma vez, pela manifestação.

 

O SR. JOSÉ FREITAS: Obrigado. É justamente isso, Ver.ª Maria Celeste, que chama a atenção; justamente, dentro dos abrigos, as crianças estão empilhadas e há essa dificuldade, lá no Judiciário, para a adoção. (Lê.) “Antes que a criança possa partir para a adoção, uma equipe do abrigo precisa fazer uma busca ativa para incentivar as mães e os pais a visitarem seus filhos, identificar as vulnerabilidades da família e encaminhá-la ao Centro de Assistência Social para tentar reverter as situações de violência ou violação dos direitos que retiraram a criança do lar de origem. Relatórios mensais são produzidos e encaminhados às Varas da Infância. Se a conclusão for de que o ambiente familiar permanece inadequado, a equipe indicará que a criança seja encaminhada para adoção, decisão que caberá finalmente ao juiz.” (...) “Uma das novidades introduzidas pela Lei – e que também contribui para a demora nos processos – é o conceito de família extensa. Na impossibilidade de a criança retornar para os pais, a Justiça deve tentar a reintegração com outros parentes, como avós e tios.” (...) “O texto reproduz em diversos momentos a intenção do legislador de que a prioridade é a criança estar com a família. Temos que questionar, antes de tudo, quais foram os esforços governamentais destinados a fortalecer os vínculos da criança ou adolescentes com a família” (...) “Enquanto juízes, promotores, defensores e diretores de abrigos se esforçam para cumprir as determinações legais em uma corrida contra o tempo, a fila de famílias interessadas em adotar uma criança cresce: são 28.000 pretendentes cadastrados e apenas 5.000 crianças disponíveis.”

Eu gostaria até de convidar os Vereadores que quiserem, para fazermos uma visita, Ver.ª Maria Celeste, aos abrigos a fim de fazermos um levantamento, vermos como está a situação dos abrigos, das crianças. Convido V. Exa., de repente, para fazermos uma frente e fazermos uma visita.

 

A Sra. Maria Celeste: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. José Freitas, quero cumprimentá-lo pelo pronunciamento, pela lembrança, e dizer que a Comissão de Direitos Humanos está toda à sua disposição para, juntos, fazermos essas visitas. No ano passado, nós tivemos algumas visitas da Comissão aos abrigos do Município de Porto Alegre, onde constatamos alguns problemas e imediatamente fomos acolhidos pelo Diretor da FASC, no sentido da resolubilidade dos problemas elencados na rede do Município. Eu acho extremamente importante que continuemos vigilantes permanentemente, porque os problemas são históricos e passam a ser também repetitivos do ponto de vista da estrutura e da formatação dos abrigos, inclusive da relação das pessoas cuidadoras nesses abrigos com essas crianças. Então, eu acho extremamente pertinente, e nos colocamos à disposição. Nós temos a Frente Parlamentar da Criança e do Adolescente, que precisamos reativar. Peço também que o senhor possa nos ajudar na reativação dessa Frente, para que, juntos, possamos encontrar o melhor planejamento possível para os próximos dias nessas visitas. Estamos à sua disposição, sim. Parabéns pela lembrança do trabalho tão importante que já iniciamos na CEDECONDH.

 

O SR. JOSÉ DE FREITAS: Acho que eu, a senhora, o Ver. Kevin Krieger devemos unir as forças e trabalharmos em prol...

 

O Sr. Kevin Krieger: V. Exa. permite um aparte?

 

O SR. JOSÉ DE FREITAS: Pois não, concedo-lhe, grande Ver. Kevin Krieger, sempre Conselheiro Tutelar, o aparte.

 

O Sr. Kevin Krieger: Ver. José Freitas, meu colega Conselheiro Tutelar, eu acho que esta é uma das bandeiras e das políticas públicas mais importantes, tanto que o nosso Prefeito Fortunati acabou de ganhar o prêmio Prefeito Amigo da Criança, fruto desse trabalho que foi feito na Fundação, na Secretaria de Educação e em tantas outras áreas do Município que trabalham com a criança e o adolescente.

Quero colocar-me à disposição para continuar junto nessa luta, porque sabemos que temos dificuldades, mas que também avançamos muito nos últimos anos em relação aos abrigos residenciais de pequeno porte, às casas-lares e tantas outras políticas que temos feito na Cidade. Mas, realmente, essa questão da adoção é um problema que se tem na Cidade, com uma fila enorme. E muitas crianças e adolescentes, por serem adotadas nos nossos abrigos, superam os dois anos, que deveria ser o máximo da estada da criança e do adolescente nesses equipamentos.

 

O SR. JOSÉ FREITAS: E há alguns até que se tornam adultos nos abrigos. Era isto, Sr. Presidente. Um abraço a todos.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): O Ver. Kevin Krieger está com a palavra em Grande Expediente.

 

O SR. KEVIN KRIEGER: Boa-tarde, Sr. Presidente, Ver. Haroldo de Souza; boa-tarde a todos os Vereadores e Vereadoras, a todas as pessoas que estão aqui conosco, hoje, na Câmara, e aos nossos telespectadores. Eu hoje vou abordar um tema que considero de grande valia, Ver. João Antonio Dib, nosso Líder. Vou falar um pouco sobre o processo que nós estamos vivendo, no Partido Progressista, nos últimos meses e nos últimos dias. Todos têm visto, Ver. Dr. Goulart, que nós estamos a uma semana de tomar uma decisão, no Partido Progressista, na escolha de quem nós iremos apoiar para o Governo Municipal nos próximos quatro anos; será no dia 11, casualmente o dia do Partido Progressista, Ver. Haroldo.

Ao longo dos últimos dias, ao longo dos últimos meses, o debate interno no Partido Progressista tem crescido, e quando assumi a presidência interina, ou em exercício, do Partido Progressista, procurei, de forma democrática, e com muita responsabilidade, dar oportunidade para os dois candidatos a Prefeito – o Prefeito Fortunati e a Deputada Manuela – terem o mesmo espaço de discussão, o mesmo espaço de debate dentro do Partido Progressista. Ver. Dib, tu estiveste conosco nas duas reuniões da executiva do Partido Progressista, em que recebemos primeiramente a Deputada Manuela, quando ela expôs o que pretende para Porto Alegre e o que ela gostaria do Partido Progressista. Depois, tivemos a presença do Prefeito Fortunati, fazendo também as suas exposições do que quer e o que pretende numa nova gestão, caso eleito para a cidade de Porto Alegre.

Ao longo dos últimos 20 dias, nós também tivemos todas as discussões, debates, e o Partido, realmente, conseguiu, internamente, dar toda a credibilidade para esse processo.

Agora, há poucos dias, o Presidente Tarso Boelter assumiu, novamente, a presidência do Partido Progressista e, junto com isso, nós criamos, Ver. Mauro, uma comissão eleitoral junto com quem pretende apoio para a Manuela e com quem pretende apoio para o Prefeito Fortunati; nós montamos uma Comissão, Ver. João Antonio Dib, isenta do processo que fez todo o regramento e definiu de que forma iria acontecer a pré-convenção do Partido Progressista, que será no dia 11, e também hoje, dia 4, quando teremos, no plenarinho da Câmara Municipal, a exposição para todos os membros do Diretório Municipal com direito a voto e com direito a decidir os rumos do Partido Progressista na nossa Cidade. Então, hoje, dia 4, Ver. Haroldo, estaremos recebendo a Deputada Manuela, por 45 minutos, e o Prefeito Fortunati, por 45 minutos, quando os dois estarão expondo o que pensam para a Cidade de Porto Alegre e quais são os seus projetos para uma futura gestão para a nossa Cidade. Hoje mesmo, aqueles que não têm o voto definido terão a chance de escutar os dois candidatos a Prefeito da Cidade, não esquecendo que temos outros bons candidatos também em Porto Alegre, mas o Partido Progressista estará fazendo uma prévia, Ver. José Freitas, no dia 11, para decidir quem estaremos apoiando.

Eu posso, comandante Dib, ser muito claro e devo ser muito claro, falando em nome da Bancada de Vereadores, do Ver. Beto Moesch, que está aqui, o Ver. João Carlos Nedel, o Ver. João Antonio Dib e este Vereador. O ex-Prefeito Guilherme Socias Villela também está entre tantos outros nomes que estão apoiando a continuidade de um projeto político na cidade de Porto Alegre, que é o apoio à candidatura do Prefeito Fortunati. E venho, com muita tranquilidade, a esta tribuna. Enquanto estive, Ver. Todeschini, em exercício na presidência do Partido, eu tive que me manter isento e democrático no processo, mas, com a volta do nosso Presidente Tarso Boelter, pude abrir o meu voto, como eu gostaria de ter feito há um bom tempo. Eu tive que esperar de forma democrática, tranquila e serena, apesar de o processo não ser tão tranquilo e não ser tão calmo. Nós procuramos – não é, Ver. João Antonio Dib? – fazer deste processo o mais sereno, o mais tranquilo e o mais calmo possível para que o Partido Progressista consiga, passando o dia 11, sair unido deste processo. E temos que aprender com vocês, Ver. Mauro, que sempre fizeram prévias no Partido e depois saíram unidos na caminhada. E é assim que nós temos de fazer com o Partido Progressista na nossa Cidade, onde estamos, não decidindo numa Executiva do Partido e, sim, ampliando o quórum, que são os membros do Diretório do Partido Progressista, que tomarão a grande decisão. Eu acredito muito que, com esta decisão, Ver. DJ Cassiá, os membros do Partido Progressista pensarão muito no que é melhor para a nossa Cidade; o que é melhor para as políticas públicas das nossas crianças e adolescentes; o que é melhor, Ver. José Freitas, para esse trabalho ter continuidade dos abrigos residenciais, das casas-lares, que influenciaram muito na decisão de o Prefeito ganhar mais uma vez, pela cidade de Porto Alegre, o Prêmio Prefeito Amigo da Criança, por tantas creches que foram construídas nos últimos oito anos, por todo o trabalho que foi feito no Socioambiental, pelas habitações populares, Ver. Dr. Goulart.

Hoje, recebi o Marco no meu gabinete – agora, há pouco – que era uma pessoa que morou na rua durante muitos anos. E, hoje, Ver.ª Maria Celeste, que tanto briga também pelas habitações populares para a Fundação e para a assistência social, nós já temos mais de 30 ex-moradores de rua morando nas habitações populares do DEMHAB. Isso é política séria, isso é política que foi implantada neste último Governo. Temos dificuldades? Sem dúvida nenhuma que temos – e as reconhecemos –, e precisamos avançar muito nisso.

Agora, eu tenho certeza absoluta, estou trabalhando para isso, junto com o Dib, com o Nedel, com o Beto, com o Villela e com tantos outros membros do Diretório de Porto Alegre, para chegarmos a essa caminhada...

 

A Sra. Sofia Cavedon: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Kevin, eu admiro a sua coerência e, obviamente, não quero opinar sobre a escolha de outro Partido, apenas quero lhe dar a oportunidade de falar um pouco, porque acho que este é um grande desafio. Está aí o Brasil Carinhoso. Hoje de manhã, eu escutava na rádio: já em junho, a Presidenta Dilma começa a pagar R$ 70,00 por membro de família que tem crianças de zero a 6 anos. Eu estou muito preocupada, a nossa Frente Parlamentar teve uma conversa de novo sobre o tema Pronatec, na semana passada, e o Município de Porto Alegre precisa azeitar melhor essa mediação com os programas federais. Eu gostaria de colocar esse desafio para V. Exa. – acho que é um desafio para esta campanha, sim, e para o próximo Governo.

 

O SR. KEVIN KRIEGER: Sem dúvida nenhuma, até porque esta política, Ver.ª Sofia, não é uma política de Partidos. Nós estamos sendo muito bem recebidos pelo Governo Federal, que está trabalhando conosco no Ministério do Desenvolvimento Social, com a Ministra Tereza Campello, uma grande parceira do Município de Porto Alegre. Nós conseguimos, Ver.ª Sofia, neste ano ainda, fazer um trabalho com o Pronatec, que é um Projeto do Governo Federal em parceria com o Governo Municipal, e tivemos mais de duas mil inscrições em cursos profissionalizantes no Sistema “S”. Então, é realmente um trabalho do Governo Federal com o Governo Municipal, independente de questões partidárias. Eu quero aqui dar o meu testemunho ao MDS, que é o Ministério do Desenvolvimento Social, da parceria com a Fundação de Assistência Social, sempre sentando junto e construindo as políticas na área social, e, com certeza, não é por acaso que a área social tem avançado; claro, com muitos recursos municipais, mas também com os recursos federais que estão entrando na cidade de Porto Alegre, muito pelo esforço que este Governo fez também para implantar o Sistema Único da Assistência Social, que é uma marca que o Partido Progressista deixou na cidade de Porto Alegre na última gestão, na qual estivemos à frente, e sempre deixando muito claro, Ver.ª Sofia: com grande apoio do Governo Federal, com grande apoio do MDS, que foi sempre muito parceiro na construção das políticas públicas na área social, tanto na área financeira, de repasse de recursos, como nos recebendo em Brasília e encaminhando todos os pedidos e as solicitações que fizemos. Da mesma forma, a Ministra Tereza sempre teve a parceria do Município e a minha parceira quando precisou, quando me chamou em Brasília: “Kevin, o Pronatec está precisando que tu e o Pompeo sentem e construam a caminhada”. E nós sentamos com o Pompeo, sentamos com o Diretor do Ministério do Desenvolvimento Social, que é responsável pelos cursos profissionalizantes, e fizemos todos os encaminhamentos devidos, e hoje temos mais de 1.500 pessoas fazendo os cursos, e as demais estão inscritas e começarão a ser chamadas ao longo deste semestre. E, no segundo semestre, com certeza, estaremos nos preparando cada vez melhor, porque teremos mais três mil vagas em cursos profissionalizantes em parceria com o Governo Federal, através do Pronatec, podendo, cada vez mais, dar oportunidade aos beneficiários do Bolsa Família, a todas as pessoas constantes no Cadastro Único, e principalmente aos jovens, aos adolescentes acima de 16 anos e às mães que precisam trabalhar, Ver. João Antonio Dib.

Então, quero agradecer a todos os membros do Diretório de Porto Alegre, a todos que estão nos acompanhando, e dizer que o Diretório do Partido Progressista vai tomar a sua decisão no dia 11; eu espero que essa decisão seja acertada e que seja de apoio à reeleição do Prefeito José Fortunati, por acreditar nesse projeto político que está acontecendo na Cidade, e também, Ver. Dib, na sua imagem e na sua história nesta Cidade, que é de lealdade e de coerência. Estamos juntos nessa caminhada, juntamente com os demais Vereadores, lutando numa disputa democrática, serena. Queremos, sim, no dia 11, à noite, anunciar o nosso apoio ao Prefeito José Fortunati e fecharmos o 10º Partido dessa coligação. Se Deus quiser, e a nossa Cidade entender que é importante, poderemos continuar por mais quatro anos de gestão com muito compromisso, com muita ética, e com muita lealdade. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Encerrado o Grande Expediente.

O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Caro Presidente, Ver. Haroldo; Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, senhores, senhoras, vou conversar um pouco, hoje à tarde, sobre a questão dos servidores da nossa extinta e falida Varig. Confesso que recebi um e-mail no qual se historia a questão. Nós sabemos da falência, da repercussão dessa falência, muito essencialmente da questão do Instituto Aerus, em que os grandes falidos são os servidores da nossa extinta Varig. Até para constar, sabemos nós do orgulho do povo gaúcho, do nosso ex-Governador Leonel Brizola e de tantas outras ilustres autoridades pela nossa Varig, que faliu.

Então, além das repercussões todas dessa falência, eu acredito que a questão número um é a dos servidores. Ali se perdeu um patrimônio nacional, perdeu-se muito. Aliás, um parêntese: o BNDES e os governos, quando de algumas catástrofes, e vamos recordar a pré-falência, a falência, o rombo financeiro, aportaram bilhões de reais para salvar bancos e banqueiros – e também para salvar essencialmente os aplicadores e investidores do banco. Pois estamos aí para arrogar que o Governo Federal faça a mesma coisa. São dez mil pessoas que estão sendo altamente lesadas por essa questão. Repito: há necessidade de o banco do Governo brasileiro ir buscar essa solução.

Segundo me consta, tenho isso por escrito, a Aerus, desde 2006, paga 60% a menos do salário para quem tem plano II, ou seja, os beneficiários do plano II da Aerus recebem 40%; e aqueles que têm plano I, meu caro Ver. Mauro Pinheiro, esses recebem 80% a menos; eles recebem, então, 20%. Há uma senhora, Angel Nunes, ex-comissária de bordo, que escreveu que recebia R$ 1.200,00 e pagava, mensalmente, R$ 900,00 à Aerus, na expectativa de uma velhice tranquila e um bom futuro para os seus filhos.

Roubaram a velhice dessas pessoas. Por quê? Porque, na verdade, o recebimento de 20% ou 40% da expectativa daquilo que se deveria receber... E há que se dizer que a Aerus era um plano de previdência privada tão decantado pelos defensores da previdência privada. Foi à falência, e nenhum governo se manifestou até agora para garantir aquilo que está garantido por lei, que é a previdência privada com garantia real dos Governos, por isso a nossa preocupação. São 10 mil servidores, 600 já vieram a falecer, a maioria deles pelo estresse que adquiriram em razão dessa situação. Então, nós estamos aí para levantar a voz, dizendo da importância de uma tomada de decisão urgente em favor dos segurados da Aerus. Um abraço. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. MAURO PINHEIRO: Sr. Presidente, Ver. Haroldo de Souza; demais Vereadores e Vereadoras, público que nos acompanha nas galerias ou pelo Canal 16, venho, mais uma vez, falar dos excessos da nossa Prefeitura Municipal de Porto Alegre, Ver. Beto Moesch, que nos assiste com atenção. Quero lembrar a nossa amiga PROCEMPA. Quando se fala dos CCs que se multiplicaram nesta gestão, Ver. Airto Ferronato, logo me lembro da minha amiga PROCEMPA, que, em 2004, quando terminou nossa gestão, Ver. Todeschini, tinha 10 CCs. Hoje, esse número está próximo a 60 CCs. Quando se fala em desvio de finalidade de órgão público, lá vem a PROCEMPA de novo; quando falo do desvio de finalidade, lembro-me dos sistemas que eram para ser feitos pela PROCEMPA – que são a sua finalidade, sistemas, informação –, mas a PROCEMPA abriu mão, e a Prefeitura Municipal de Porto Alegre, através do Secretário da Fazenda, comprou o SIAT – Sistema Integrado de Administração Tributária –, que até hoje não funcionou, mas já foi pago, quando era para a PROCEMPA tê-lo feito.

A PGM, a mesma coisa: buscou um sistema fora da PROCEMPA, já pagou uma parte, já rompeu o contrato, mas já pagou, já gastou, e o sistema não foi feito pela PROCEMPA. Parece que, agora, a PROCEMPA vai ter que resolver os dois problemas, e o dinheiro público se foi.

Quando, na CPI, se investigam os convênios da Prefeitura Municipal com o Instituto Ronaldinho Gaúcho, aparece novamente quem? A PROCEMPA. Então, onde há problemas, irregularidades, o nome da PROCEMPA está sempre presente. Infelizmente, deixa de cumprir a sua finalidade para fazer festas e eventos.

Mas, no dia 21 de janeiro de 2008, Ver. João Antonio Dib – e até aí não falei nenhuma novidade, todos os assuntos, todos nós já conhecemos –, às 16h, na sede da PROCEMPA, foi tomada a seguinte deliberação pelo Conselho de Administração da empresa. Vou ler um trecho da ata dessa reunião, Ver. João Antonio Dib (Lê.): “Deliberações da Assembleia Geral Extraordinária. Depois de examinarem e discutirem questões referentes ao Conselho de Administração e Conselho Fiscal, os acionistas deliberaram, por unanimidade de votos, com abstenção dos legalmente impedidos, o seguinte: 1 – os membros do Conselho de Administração e Conselho Fiscal poderão integrar a relação de beneficiados com o plano de saúde que a PROCEMPA mantém em favor de diretores e trabalhadores, contado da inscrição perante o setor de Recursos Humanos da Empresa, observados os critérios definidos em contrato assim como a assunção da diferença pela opção de plano complementar privado. São convalidadas, neste ato, as opções já exercidas desde 31 de janeiro de 2005. [Ou seja, esse Conselho de Administração já utilizava o plano de saúde dos funcionários da PROCEMPA, desde 2005, Ver. João Antonio Dib.] 2 – passando ao último item da ordem do dia, outros assuntos de interesse da empresa, a palavra foi posta à disposição dos senhores acionistas, não tendo ocorrido manifestação. Nada mais havendo para tratar a reunião foi encerrada”. Assinaram a ata: Clóvis Magalhães, Secretário de Gestão; Flávio Presser, do DMAE; Mario Moncks, do DMLU; Zulmir Breda, da Fazenda; e André Imar, pela PROCEMPA, ou seja, os Conselheiros da PROCEMPA se reuniram única e exclusivamente para se autoconcederem benefícios. Pior ainda, a Ver.ª Fernanda fez um Pedido de Informações a respeito desses atos, em dezembro de 2011, há mais de cinco meses, e até agora sem resposta, Ver. João Antonio Dib. Peço que o senhor intervenha junto à PROCEMPA, para que ela nos responda. Pergunte ao Ver. Carlos Todeschini se, no seu tempo, os Conselheiros tinham direito a plano de saúde. Parece que não. E pergunto mais ainda, o que é muito pior, Ver. João Antonio Dib: esses Conselheiros que nem mais estão na PROCEMPA hoje, pelas informações que tenho, pois não responderam ao PI, utilizam ainda... Aqueles conselheiros que já não estão mais na Prefeitura, se continuam utilizando o plano de saúde da PROCEMPA. Mais ainda, Ver. João Antonio Dib, os seus familiares continuam...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

(Não revisado pelo orador.)

O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pelo Governo.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Ver. Haroldo de Souza; Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, meus senhores e minhas senhoras, eu fico muito preocupado com os trabalhos da Casa do Povo de Porto Alegre. O Ver. Mauro Pinheiro vai à tribuna e acusa, acusa. “Eu acuso”. De onde ele obteve essas informações? Essas informações, que não são secretas – porque a Prefeitura é a primeira Prefeitura com transparência, coloca todas as informações, porque não tem nada, absolutamente nada, a esconder –, essas informações o Ver. Mauro Pinheiro, como Presidente da Comissão “para lamentar” de Inquérito – é “para lamentar” mesmo, eu não me enganei. Como Presidente da Comissão “para lamentar” de Inquérito, ele as obteve em um documento de centenas de páginas, e, em vez de entregar diretamente ao Relator para que ele pudesse questionar, primeiro ele as usou; depois, quando o relator reclamou, ele as entregou para o Relator. O caminho certo do documento, quando ele chega, é entregar ao Relator, mas não aconteceu isso. Agora vai ali, fala sobre o Conselho de Administração. Mas esconderam alguma coisa? Por acaso nas empresas privadas, também não fazem isso? Os diretores dos conselhos, diretores de empresas se fizeram plano de saúde para todos, por que não incluir aqueles que prestam serviço de uma ou de outra forma? Então, o Ver. Mauro Pinheiro deu os nomes de pessoas que continuam na PROCEMPA tanto quanto eu sei, não acho que o Presser ou o Breda, talvez, esse não esteja mais, mas o resto está aí.

O Ver. Mauro Pinheiro é um homem inteligente, é um homem culto e poderia usar melhor o seu tempo, trazer informações novas ao conhecimento da população, que, se quiser, vê na Internet, não tem problema nenhum. O Ver. Mauro sabe disso e ele tem cópia, ele foi privilegiado, porque a PROCEMPA não escondeu nenhuma informação, mas é muito fácil criticar.

Eu não vou olhar para o passado, nos 16 anos, porque eu teria muita coisa para dizer, coisas um pouco piores do que as aparentes acusações que faz o Ver. Mauro Pinheiro. Não é o meu caso, eu não preciso diminuir ninguém para crescer. Eu não preciso diminuir o governo desse ou daquele para melhorar o governo que eu apoio. Eu acho que nós precisamos ter mais concisão, seriedade, responsabilidade nas coisas que fazemos nesta Casa. Acho que estamos perdendo muito tempo trazendo as informações que nós recebemos com toda a tranquilidade e aquelas que nós podemos olhar no momento em que nós queremos, durante as 24 horas do dia, lembrando sempre que, entre os 496 Municípios, a Prefeitura de Porto Alegre foi a primeira colocada em matéria de transparência. É claro que o Ver. Mauro Pinheiro, pela sua competência, pela sua inteligência, foi lá no computador, leu as informações, recebeu as informações e aí está tentando distorcê-las. Isso é um direito dele. Saúde e PAZ!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): O Ver. Beto Moesch está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. BETO MOESCH: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, eu entendo que, na Sessão de hoje, dia 4 de junho, esta Casa não poderia deixar de pautar a Semana do Meio Ambiente e o Dia Mundial do Meio Ambiente, não para comemorar, mas para discutir e refletir sobre este tema. Por trás de tudo, está uma palavra muito falada, mas, na minha opinião, muito pouco entendida e muito pouco praticada: a sustentabilidade; que vem a ser o desenvolvimento sustentável. O Ver. João Dib me provocou para que usasse a tribuna, portanto, vou usar.

O primeiro ponto, em termos de uma reflexão de cidade de Porto Alegre: Porto Alegre é ou não uma cidade sustentável? Em alguns casos, sim, inclusive ela se projeta mundialmente por causa disso, não é em virtude de um ou outro Governo, e, sim de uma sociedade. Em outros casos, Ver. Humberto Goulart, ela deixa muito a desejar; não podemos deixar de lado o nosso patrimônio, em hipótese alguma.

A primeira entidade ecológica da América Latina – muito ativa, com uma visão de sustentabilidade muito madura para a época –, instituída em Porto Alegre em 1971: a Agapan – Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural. Sem sombra de dúvida, é um dos maiores patrimônios da cidade de Porto Alegre, porque é uma Organização Não Governamental que nunca deixou de existir, nunca deixou de atuar, Ver. Pedro Ruas, nunca! Ela continua ativa até hoje, brotou da sociedade, não foi uma instituição criada pelo Poder Público, por lei, por decreto – essa é a grande diferença. Sabem por quê? Porque muitas cidades e muitas nações passaram a criar instituições, pegando carona na sustentabilidade, para buscar financiamento, para ter o que dizer em uma conferência. Aqui em Porto Alegre não; aqui, brotou da sociedade. Isso chama atenção positivamente das pessoas de fora, que passam a conhecer essa história riquíssima do ambientalismo de Porto Alegre.

A Agapan conseguiu, em virtude da sociedade, um respaldo muito grande da imprensa e do próprio Poder Público, porque é importante ressaltar – o Ver. Dib já estava lá na época, alias, há muito tempo – que Guilherme Socias Villela criou a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, a SMAM, em virtude desse movimento, numa interface muito interessante entre o ativismo ecológico, com a já maturidade do Poder Público na época, e a imprensa pautando. Aí criou-se a primeira Secretaria Municipal do Meio Ambiente. Mais do que isso, a primeira instituição de primeiro escalão do Brasil, de meio ambiente, foi Porto Alegre que criou: a SMAM. Portanto, as primeiras leis municipais, as campanhas educativas, já aí, então, numa interface do ativismo, não só mais daí a Agapan, mas outras instituições, o próprio Poder Público, obviamente, e esta Casa, a Câmara de Vereadores, que efetuou uma Lei Orgânica, até hoje extremamente avançada, uma Lei de gestão dos resíduos sólidos, já em 1990, e assim por diante.

Então, se nós temos uma história extremamente rica, Ver. Toni Proença, isso aumenta a nossa responsabilidade, porque nós não podemos viver da história, nós temos que manter essa história viva para o presente e para o futuro. Esse é o grande desafio desta Casa e da sociedade porto-alegrense, ou seja, não só manter, mas potencializar essa história de que é possível desenvolver uma Cidade, mas ela só será desenvolvida cuidando dos seus recursos naturais. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Solicito que o Ver. Carlos Todeschini assuma a presidência dos trabalhos.

 

(O Ver. Carlos Todeschini assume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini): O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. PEDRO RUAS: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores; faço um registro em meu nome, lamentando que S. Exa., o Ver. Beto Moesch, e o Ver. João Dib, brilhantes Vereadores desta Casa, por decisão pessoal, não concorrem este ano, o que, sem dúvida, deixa mais pobre, do ponto de vista da produtividade e da reflexão, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Saúdo, também, a presença do Ver. Luciano Marcantônio que, neste momento, está entre nós, aqui no Plenário. Relato, aqui, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, uma caminhada que fizemos no dia de ontem, organizada pelo Comitê Gaúcho da Memória Verdade e Justiça – Comitê Carlos de Ré –, mobilizando diversos setores que têm, efetivamente, esse compromisso, Ver. Toni Proença, de buscar a verdade para realizar a justiça. Estavam presentes, além deste Vereador, a Ver.ª Maria Celeste e a Ver.ª Sofia Cavedon, ambas do PT, diversos companheiros do próprio PT, muitos do PSOL, do PCB e de outros Partidos – aqui, não tenho a relação –, movimentos organizados, como o Juntos, como a ONG Acesso, como Movimento Levante, como Movimento Revolução. Todos, na caminhada pelo Brique receberam, na maior parte dos casos, com apenas uma exceção – não é Ver.ª Sofia? – um grande apoio da população. Acho que a Ver.ª Maria Celeste nem chegou a perceber essa exceção. Isso, Ver. Proença, me sensibilizou bastante. Como a minha tarefa era portar o megafone, eu não tinha o contato direto com as pessoas no caminho, mas via quem panfletava sendo recebido, e a nossa caminhada sendo aplaudida e elogiada, o que não foi unânime, mas me encheu de orgulho.

Eu não tenho nenhuma dúvida de que a campanha por verdade e justiça, com relação aos crimes da ditadura militar, ainda não é uma campanha de massa; claro que não é. Nós utilizamos, na verdade, uma brecha, surgida de uma pressão internacional, sobre o Brasil, para que cumprisse decisões da Corte Interamericana de Direitos Humanos, e, a partir daí, com a Comissão da Verdade num plano Federal, criamos, no plano Estadual, um Comitê, dando o nome do Carlos de Ré, em busca da verdade e da justiça, mesmo porque, Ver. Tessaro, eu tenho entendido que a verdade nós conhecemos, nós sabemos qual é a verdade; pelo menos, boa parte dela. O que falta, efetivamente, é a justiça. Mas essa verdade, na medida em que vem à tona, com seus detalhamentos, mesmo trágicos, mesmo que de uma memória dolorida, já é, de alguma maneira, uma forma também de fazer justiça. Para aqueles que violaram direitos humanos, para aqueles que utilizaram o arbítrio para caçar, prender, torturar, promover desaparecimentos forçados, exilar, matar, para esses, mesmo que a justiça não seja realizada pessoalmente, a história há de fazê-la; e, nesse sentido, a colocação de toda a verdade é imprescindível.

Eu queria saudar a nossa população e agradecer por terem recebido tão bem, no Brique da Redenção, essa caminhada que marca um dos momentos importantes, Vereadores e Vereadoras, da nossa luta por verdade e justiça no nosso País.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini): Solicito que o Ver. Dr. Goulart assuma a presidência dos trabalhos.

 

(O Ver. Dr. Goulart assume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pela oposição.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Sr. Presidente, Ver. Dr. Goulart; eu venho fazer uma manifestação em Liderança de oposição, Ver. Pedro Ruas, Ver. Ferronato, demais Vereadores, porque o Ver. Mauro Pinheiro fez uma denúncia muito grave, de que alguns agentes políticos do Governo Fogaça/Fortunati assumiram o Conselho Deliberativo da PROCEMPA, ou o Conselho de Administração, e se autobeneficiaram com a concessão dos benefícios do plano de saúde da Companhia. Citada aqui figura marcante do Governo, inclusive pelos resultados que teve: o ex-Secretário Clóvis Magalhães, que auferiu os benefícios, levou os benefícios e ainda os estendeu aos seus familiares.

 

(Aparte antirregimental do Ver. João Antonio Dib.)

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Isso não é qualquer coisa, Ver. João Dib; isso é uma imoralidade que não tem tamanho, Ver. Pedro Ruas: autobeneficiar-se, estender para os familiares, e deixar a conta para o público! Então, venho aqui, sim, e digo: fui Vice-Presidente do Conselho de Administração da PROCEMPA e não tive nenhum benefício, nenhuma regalia. E não era assim na época do Governo da Frente Popular, Ver. João Dib. O senhor não tem nada para falar do governo popular, absolutamente nada. O senhor deveria falar é deste Governo, desviado, que o senhor representa; isso, sim, o senhor devia dizer e não fala, o senhor tenta sempre acobertar todas as mazelas. E a gente já viu como foi o julgamento das urnas para o Prefeito Fogaça, quando ele concorreu a Governador.

Em segundo lugar, venho aqui também para falar na questão ambiental e na questão da água. A imprensa tem feito, todos os dias, extensas matérias atacando o DMAE, falando que o Guaíba é uma imensa cloaca, um imenso esgoto e que a água da torneira não deve ser bebida. Digo que essa é uma opinião que tem interesses por trás, porque o DMAE sempre foi uma empresa boa, sempre foi uma empresa de qualidade. É verdade que tem deixado de investir nos últimos meses, porque tem R$ 300 milhões em caixa, mas nem por isso pode-se desfazer a conquista que é ter um sistema como o DMAE, um sistema público importante como é. Está dito, e de forma muito clara, que o grande problema do Guaíba é a falta de tratamento dos esgotos, sejam eles da Região Metropolitana – de Canoas, de Gravataí, de Alvorada, de Cachoeirinha, de São Leopoldo, de Novo Hamburgo, do Vale, enfim, das águas que chegam a Porto Alegre – bem como da falta de tratamento aqui no manancial, porque a onda de algas cianofíceas vem de baixo para cima e ela é principalmente de origem dos esgotos, Ver. Pedro Ruas, que são lançados em Ipanema, lançados pelo arroio Dilúvio, lançados pelo arroio do Salso, que não têm o devido tratamento até hoje. Pois se passaram oito anos e nada foi feito! Não sei onde que o Prefeito vai anunciar que Porto Alegre resolveu os problemas ambientais, que recuperou o Guaíba, que despoluiu as suas águas, enquanto não é tratada uma única gota de esgoto em oito anos. E estou falando isso, Ver. Dr. Goulart, porque nós estamos na Semana do Meio Ambiente. E nós deixamos o Programa Integrado Socioambiental pronto – V. Exa. é testemunha disso, porque uma das tarefas era fazer as habitações. Mas ainda deixaram o refém de uma política suicida, que foi o bônus-moradia, impedindo de fazer as casas. Mais do que isso, as obras que eram para ser feitas, as obras difíceis, complexas, que eram a implantação da malha de coleta de esgotos nas residências, em absolutamente...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

(O Ver. Carlos Todeschini reassume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Ver. Carlos Todeschini, na presidência dos trabalhos; Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, senhoras e senhores, eu achei estranho, pelo menos uma parte do pronunciamento do Ver. Todeschini, porque, quando ele fala no tratamento de esgoto aqui em nossa Cidade, ele deixou de fazer referência que, nos 16 anos em que o seu Partido esteve aqui à frente da Prefeitura Municipal, muito pouco foi feito em matéria de tratamento de esgotos, tanto é que nós temos ainda, na Cidade, pouco mais de 25% do esgoto tratado, e isso faz com que o Guaíba seja hoje, infelizmente, para todos nós, uma verdadeira cloaca. Acredito que as administrações dos 16 anos do PT serviram muito para agravar essa situação.

Agora, o que faz o Prefeito Fortunati? Ele acaba fazendo com que se torne realidade um plano, o Pisa, onde teremos praticamente 80% do esgoto da nossa Cidade sendo tratado. Como nós sabemos que a maior parte da poluição que existe no Guaíba é originada de coliformes fecais, então nós estamos dizendo que praticamente ao final deste ano, quando teremos a concretização do sistema Pisa, nós teremos o Guaíba começando um processo de limpeza. É o primeiro Governo, nos últimos tempos, que não trata o Guaíba como uma cloaca e faz com que o rio seja respeitado, com que as águas com que fomos abençoados – porque, afinal de contas, não é qualquer cidade que tem um presente da natureza como nós temos aqui, o Guaíba – possam ser limpas e que nós possamos usufruir essas águas. Isso vai acontecer com muita brevidade, porque nós estamos chegando praticamente ao final da implantação desse sistema que vai fazer com que tenhamos, realmente, orgulho de termos uma cidade com 80% do esgoto tratado.

Eu estava vindo para cá, e o Ver. Beto Moesch me dizia que não apenas o sistema Pisa, mas também lá no Sarandi teremos a captação do esgoto para ser tratado, a fim de que aquilo que nós lançarmos no Guaíba seja realmente um esgoto tratado e que venha nos dar condições de sermos uma das únicas cidades no Brasil a ter essa marca de 80% do esgoto tratado. Não são muitas as cidades brasileiras que estão tomando essas providências. É claro que podem se fazer muitas críticas ao administrador Fortunati, mas essa crítica com relação a tratamento de esgoto não cabe; essa não dá para fazer porque, se forem feitas, devem ser dirigidas ao passado. Fazer críticas ao que está acontecendo no presente é uma incoerência muito grande. Nós, que somos legisladores, temos que esclarecer a opinião pública e não podemos ser incoerentes com as nossas assertivas.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini): O Ver. Paulinho Rubem Berta está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

(Aparte antirregimental do Ver. João Bosco Vaz.)

 

O SR. PAULINHO RUBEM BERTA: Isso é para quem é gente boa, não é, Ver. João Bosco? As pessoas, quando merecem, nós aplaudimos, principalmente os mais trabalhadores que nós conhecemos. Quero cumprimentar aqui o Presidente, Ver. Carlos Todeschini; quero cumprimentar todos os Vereadores e as Vereadoras presentes e todos os que nos assistem; o Ver. Luiz Braz esteve aqui agora para enumerar a questão do esgoto na cidade de Porto Alegre. Bom, eu tenho 56 anos e recebi uma herança da cidade de Porto Alegre que é um Guaíba quase totalmente poluído, sem o direito de levar meus netos para andarem na orla e, de vez em quando, tirar um lambari. Isso eu recebi da cidade de Porto Alegre! E com a administração que vem fazendo este Governo, que começou lá no planejamento, no trabalho, nos projetos, tudo começou lá atrás, nós temos feito o quê? Estamos trabalhando para despoluir o Guaíba e entregar aquilo a que a Cidade tem direito. O PPS, para ser mais preciso, com muito orgulho, Ver. Luiz Braz, tem um Secretário da qualidade do Sr. Flávio Presser no DMAE, e, junto com a Administração do Município, hoje trabalha incansavelmente para nos entregar – como queiram chamar – o rio ou o lago. Para mim é água, Ver. João Antonio Dib, para mim é o direito de eu, cidadão de Porto Alegre, poder curtir o Guaíba! Poder pegar a minha família, poder caminhar, transitar na orla do Guaíba, muitas vezes poder pegar a água do Guaíba com as mãos, esse era o meu desejo, mas isso só vai se concretizar com a despoluição do Guaíba, Ver. Valter. E isso está sendo feito pelo Secretário Flávio Presser, pelo Governo Fogaça, que iniciou, pelo Governo Fortunati e pelos moradores que aqui tanto têm trabalhado para isso. É uma coisa que nós vamos ganhar em Porto Alegre: atingir quase o Primeiro Mundo na coleta de esgoto. Isso para nós é muito importante, é fundamental para a sobrevivência da Cidade. Nós vamos ter a Copa do Mundo, estamos trazendo para cá o turismo. É difícil chegar um turista no Guaíba como ele foi nos entregue, vamos dizer, no passado, e ver aquele rio todo poluído, lixo para tudo o que era lado, com uma água em que não se podia botar a mão, não dava para dizer que era um rio! Se inventasse de pegar um peixe ali e levar para se alimentar tinha gosto de óleo! Hoje o Guaíba está sendo despoluído, 80% do esgoto na cidade de Porto Alegre vai ficar tratado, está sendo tratado neste momento. E as vilas, os bairros da periferia, principalmente, vão ser beneficiados totalmente pelo Pisa. Quero dizer que me sinto muito orgulhoso em participar de um trabalho, de alguma forma, em favor da cidade de Porto Alegre, com o sentido da construção, no construir Porto Alegre, no construir dignidade, no construir o rio Guaíba para entregar para os meus netos. Tenho certeza de que vou levar comigo esse orgulho de ter participado insignificantemente, mas ter participado desse grande trabalho que é entregar para a Cidade, para nós todos, 80% do esgoto tratado. Vamos continuar trabalhando para atingir essa meta, se Deus quiser, brevemente. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini): O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Sr. Presidente, Ver. Todeschini; Srs. Vereadores, primeiramente quero agradecer ao meu Líder, Ver. DJ Cassiá, que me oportunizou fazer esta fala, ao Ver. Humberto Goulart e ao Ver. Elói Guimarães. Senhores, eu venho a esta tribuna porque a gente começa a olhar o jornal e começam a aparecer os deuses das maravilhas andando por aí, oferecendo tudo, projetos, fazendo milagres, e não encontro, Ver. Adeli, em outras épocas, esses candidatos do mundo. Mas o Ver. Adeli eu encontro, o Ver. Paulinho Rubem Berta eu encontro, o Ver. DJ Cassiá eu encontro, os Vereadores desta Casa trabalham! Eu acho isso tão engraçado, Ver. Adeli! Teve todo o tempo para andar na Cidade, para passear na Cidade, para ver os problemas da Cidade, e agora estão montando o projeto de Governo.

Eu quero dizer que gosto muito da candidata Manuela, que esteve aqui durante um ano e meio. Depois que ela saiu daqui, quando ela concorreu à Prefeita, ela podia ter continuado visitando as vilas, visitando tudo. Só que, agora, ela intensificou as visitas. Ver. Nelcir Tessaro, esses problemas não existiam antes?! Só agora a nossa “Ministra” de Brasília sai de lá e vem percorrer as comunidades mais carentes. Eu queria que ela tivesse feito isso desde quando saiu candidata à Prefeita; ela concorreu e desapareceu! E agora ela volta a trilhar as vias das pessoas mais humildes, Ver. João Bosco Vaz.

A gente sabe que pode, ninguém aqui é dono de local nenhum, ninguém tem base nenhuma e ninguém manda também. Tem um cidadão que disse para mim que eu não podia ir lá na vila dele. Eu disse: “Aqui, ó, não conheço que tenha coisa marcada aqui! Quem me disser que tem marcado algum lugar é mentira! Porque vou aonde quiser e pronto! Ninguém manda em ninguém!” Então, vou em qualquer lugar! Agora, o Ver. Humberto Goulart , Vereador, o senhor não pode aparecer lá no IAPI! O DJ não pode, o Pedro Ruas não pode! O que é isso?! Porto Alegre é de todos, Vereadores, é de todos! Por isso estou dizendo que essa candidata querida, a Deputada Manuela, podia ter continuado visitando as comunidades! Mas agora ela está visitando, João Bosco. Eu gosto de falar, não falo por trás, falo para todo o mundo saber o que eu falo. Gosto, sou amigo dela, mas só que eu achei erradas essas declarações que estão saindo no jornal, eu leio jornal todo dia, eu acho que é errado. Teve todo o tempo para falar, todo o tempo!

Agora, eu quero dizer para os senhores que a gente não pode acreditar nas promessas! Eu vou dizer uma coisa, Pedro Ruas: eu estava lá fora, nem pensava em vir para Porto Alegre, e meu pai escutava um radinho, uma vez por semana, só a Farroupilha que pegava, de noite, e ele dizia assim: “Meu filho, não acredita em falsas promessas!” Eu ainda acredito no meu pai, o meu pai falou isso. Então, quero dizer para os senhores: vamos tocar para frente Porto Alegre e esquecer a campanha, meus amigos! Campanha se faz ao natural, quem trabalha faz. Nem precisa pedir voto; quem trabalha vem ao natural!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini): O Ver. Nelcir Tessaro está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. NELCIR TESSARO: Sr. Presidente, Ver. Todeschini; colegas Vereadoras, Vereadores, público que nos assiste; venho a esta tribuna no dia de hoje para falar de um assunto de grande importância que é a Educação. Mas, antes disso, quero falar ao meu nobre colega, Ver. Brasinha, sobre as caminhadas da Deputada Manuela D’Ávila nas vilas de Porto Alegre. Desde o primeiro mês após assumir como Deputada, todas as sextas e sábados, quando está em Porto Alegre, ela está numa vila da comunidade. Está porque a Deputada Manuela gosta de visitar as vilas e gosta de saber os problemas da Cidade. Eu acho que todos os Parlamentares – Vereadores, Deputados – que pretendem um dia ser Prefeito, Governador, Presidente da República, tem que conhecer o dia a dia das vilas de Porto Alegre, ou de qualquer outro Município em que residam. É só ali que pode um administrador saber os problemas e, depois, sugerir que o Prefeito solucione. Eu tenho acompanhado, nos últimos dois meses, quando eu tive tempo, bairro a bairro que a Deputada Manuela faz, justamente colhendo as informações e sabendo das dificuldades, e são muitas – eu também não sabia que eram tantas –, sugiro que o senhor, um dia, acompanhe a gente. Nesse próximo sábado estaremos na Restinga e eu o convido para acompanhar.

Mas quero dizer que fiquei perplexo, hoje, com as notícias que surgiram nos nossos jornais de grande circulação, aqui, no Estado do Rio Grande do Sul, sobre a colocação – Srs. Vereadores, por favor! – em último lugar do Rio Grande do Sul na Educação deste País. É lamentável: as pessoas precisando de educação e as verbas não sendo aplicadas devidamente, só pode ser isso. Eu acho que nós tínhamos... (Pausa.) Suspenda o tempo, Presidente, por favor, há um tumulto aqui no plenário, e não fica bem, já que estamos falando em Educação.

 

(Tumulto no plenário.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini): Estão suspensos os trabalhos.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 15h56min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini – às 15h57min): Estão reabertos os trabalhos.

O Ver. Nelcir Tessaro prossegue com o seu pronunciamento.

 

O SR. NELCIR TESSARO: Obrigado, Sr. Presidente, Ver. Carlos Todeschini. Eu quero pedir desculpas a toda a nossa comunidade que está assistindo à Sessão, ao vivo, porque muitas vezes acontecem excessos.

Eu estava falando sobre a Educação nas nossas escolas, no Estado do Rio Grande do Sul, da colocação no ranking como último em Educação; isso é lamentável, porque o Rio Grande do Sul sempre teve um grande papel.

Então, eu lamento que, desde o Governo Rigotto, Governo Yeda, a Educação... O Governo do PT tem apenas um ano e pouco, não posso culpá-lo, porque já pegou a carona adiante. Eu quero dizer que esse declínio já vem de outros Governos, porque não é em um ano de Governo que se pode recolocar nos trilhos quem está no último lugar no ranking, mas é lamentável, porque, em nosso Estado, nós tínhamos sempre orgulho de dizer que é o Estado mais desenvolvido, o Estado com melhor Educação, o Estado com melhor qualificação profissional. Hoje, nós temos as empresas buscando pessoas e temos falta de educação, de qualificação profissional. Hoje, nós temos diversas escolas, mas não temos o suficiente, porque no passado tivemos escolas de lata, e agora elas estão sendo substituídas por outros tipos de escola para poder acolher os alunos. Então, a Educação ficou precária. Nós tínhamos aqui o melhor desenvolvimento, e, hoje, estamos ainda remando para fazermos com que o desemprego, cada dia, fique menor. Nós sabemos que o desemprego na Região Metropolitana é bastante baixo graças ao grande desenvolvimento da construção civil, graças ao programa Minha Casa, Minha Vida que está fazendo a sustentação deste País em matéria de empregabilidade, justamente das pessoas com menor nível de qualificação. Então, temos que pensar um pouco em desenvolver e qualificar melhor a nossa Educação neste País.

Eu quero falar, por último, na nossa Saúde em Porto Alegre. Lamentavelmente, nesse último final de semana, nós tivemos novamente em Porto Alegre postos de saúde que não tinham médicos. Sabemos que um médico tem que estar ali, porque não se pode ter apenas um enfermeiro, pois ele tem que ser orientado por um médico. Então, nós temos que ver isso urgentemente. Mas, no momento, o Secretário de Saúde é um físico, um astronauta, ele não é da área médica. Então, temos que pensar melhor a Saúde em Porto Alegre e fazermos com que tenhamos Educação e Saúde, que é o que o povo precisa nesta Cidade.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

(O Ver. Haroldo de Souza reassume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza – às 16h2min): Havendo quórum, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 2950/11 – VETO TOTAL ao PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 128/11, de autoria do Ver. Adeli Sell, que inclui inc. V no caput do art. 1º da Lei nº 7.084, de 11 de junho de 1992, alterada pela Lei nº 10.206, de 20 de junho de 2007, ampliando rol de documentos cuja apresentação é necessária em caso de contratação da execução de obras, elaboração de projetos, prestação de serviços e fornecimentos em geral ao Município de Porto Alegre; estabelece obrigação às empresas, aos estabelecimentos de empregadores e aos escritórios, ou congêneres, dos agentes ou trabalhadores autônomos e profissionais liberais, das atividades de comércio e serviços ambulantes, para fins de concessão de autorizações e licenças para feiras ou eventos, emissão de alvarás de localização e funcionamento, renovação para funcionamento de atividades econômicas ou participação em licitações de obras e serviços do Município de Porto Alegre; e dá outras providências.

 

Parecer:

- da CCJ. Relator Ver. Sebastião Melo: pela manutenção do Veto Total.

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 77, § 4º, da LOM;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA.

 

Na apreciação do Veto, vota-se o Projeto:

SIM – aprova o Projeto, rejeita o Veto;

NÃO – rejeita o Projeto, aceita o Veto.

- Trigésimo dia: 01-06-12 (sexta-feira).

 

O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Em discussão o PLL nº 128/11, com Veto Total. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal o PLL nº 128/11, com Veto Total. “Sim” aprova o Projeto, rejeita o Veto; “Não” rejeita o Projeto, aceita o Veto.

 

(Aparte antirregimental do Ver. Adeli Sell.)

 

O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Não, não há mais possibilidade de encaminhar, Sr. Vereador, já que o painel já está aberto para votação. Nós abrimos a discussão, ninguém se inscreveu.

 

O SR. ADELI SELL: Há pelo menos encaminhamento, não é?

 

O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Mas eu solicitei encaminhamentos, e ninguém se inscreveu.

 

O SR. ADELI SELL: E a minha mão levantada não vale nada?

 

O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): O senhor... Eu respeito o Regimento, e o senhor respeita a Presidência. Não tem espaço...

 

O SR. ADELI SELL: Como não tem espaço?!

 

O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Nós colocamos em votação o Projeto.

 

O SR. ADELI SELL: Mas aí é a ditadura! Pelo menos encaminhamento...

 

(Som cortado, conforme determinação da Presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): O senhor não estava presente em plenário! Eu coloquei em votação o Projeto, com Veto Total.

 

(Tumulto no plenário.)

 

O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Repito: em votação nominal o PLL nº 128/11, com Veto Total. (Pausa.) Passou 1 minuto e 47 segundos, não temos quórum para seguirmos com a Ordem do Dia e com a Sessão Plenária.

Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 16h5min.)

 

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